A ARTE FORMA CIDADÃOS com Gracia Baldez

 

Gracia Baldez defende a cultura e a arte como alicerces para a formação de pessoas que fazem diferença no mundo

A arte sempre se fez presente na vida de Gracia Baldez desde a infância quando, na casa da avó, participava dos “momentos de arte” que reuniam várias pessoas da família entre tintas, papeis e muita criatividade. A professora e artista levou a experiência para a vida, pois, para ela é impossível esquecer a importância que a arte tem para a educação.

“O resultado é apenas a consequência de todo um processo bem pensado, bem elaborado, no qual se elabora a estética. Esse é o caminho para se chegar ao resultado e é nesse caminho que vai acontecendo o educar”, explica Gracia, salientando que costuma trabalhar, ainda hoje, com três linguagens de criação: plástica, musical e teatral.

Gracia Baldez “fez arte” em muitos lugares. Recorda que, no início da carreira, no colégio Brigadeiro Castrioto, unidade de ensino público em Niterói, os recursos eram escassos, mas a criatividade não tinha limites. Tanto que, com uma réplica da Torre Eiffel, conquistaram à época o prêmio máximo concedido pela distribuidora de combustível Esso.

 

 

Com todo cuidado, ela guardou numa caixinha, objetos que a fazem lembrar daqueles com quem aprendeu algo importante na vida. “O educador precisa estar aberto a “aprender a aprender” com seus alunos. O pintar, modelar, criar faz parte das necessidades da criança, é fundamental para seu desenvolvimento de forma completa e saudável”, afirma Gracia, que decidiu deixar sua “caixinha valiosa” aos cuidados da filha Elga Baldez, com quem divide o sonho diário de formar novos cidadãos na Escola Cultural Mosaico, que montaram na aconchegante “Ilha” do Tibau, localidade no bairro de Piratininga, Região Oceânica de Niterói.

“Por estarmos numa região naturalmente tão rica, busco trabalhar com as crianças usando os materiais que eles coletam na natureza. São galhos, folhas e o que mais a criatividade delas imaginarem como ponto de partida para suas obras. E faço questão que a criação de nossos alunos não se restrinja ao papel, ela ganha paredes, chão, formando e transformando nosso ambiente de forma que quem chega no nosso espaço, entende na hora o que queremos dizer”, afirma Gracia Baldez.

E sua parceira no sonho atual, a filha Elga Baldez, reforça o que aprendeu de berço. “Trabalhar a arte, a cultura junto à criança é ajudá-las a criar sua própria identidade, a partir do conhecimento das várias identidades que formam nosso povo. Usamos acontecimentos passados, como a Semana de Arte de 22, por exemplo, como um ponto de partida e não um assunto esgotado em si mesmo. A partir dessa primeira informação, traçamos um paralelo com a atualidade, estimulando pensamentos e visões críticas e não apenas reprodutivos, revemos, avaliamos e reconstruímos a informação original. O aluno não reproduz uma obra de Djanira, ele usa o original para criar a sua obra, a partir do que percebeu. A arte, sem dúvida, é um caminho múltiplo e perfeito para esse tipo de proposta”, conclui Elga Baldez, que hoje tomou para si a responsabilidade de fazer florir na Mosaico todas matizes do trabalho que ela e sua mãe, por anos, semearam nos alunos das várias escolas pelas quais já passaram.

“Aqui, na Mosaico, encontramos o espaço para fazer do nosso sonho uma realidade por completo”, garante Gracia Baldez.

 


Descubra mais sobre Gabriela Nasser

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *