Cenaculistas aplaudem Marco Sabino em palestra musical, no Central Prime

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Fotos: Murilo Lima

Foi encontro repleto de boa confraternização entre escritores em geral, poetas, compositores, empresários e profissionais liberais a reunião no Cenáculo Fluminense de História e Letras, na cobertura do Central Prime, na noite de ontem, 19 de agosto. A ocasião foi ilustrada por cativante palestra do compositor Marcos Sabino, também vereador em Niterói, autor do sucesso “Reluz”, gravado em 1982, que naquela época  alcançou a primeira marca em todas as paradas de sucesso, chegando a vender mais de um milhão de discos.

                O encontro foi aberto pela presidente da instituição, a  jurista Prof. Dra. Matilde Slaibi Conti, que, ao agradecer, destacou a importância dos frutos da amizade em nossas almas. Em seguida, Marcos Sabino, que foi acompanhado de seu filho, o também compositor Felipe Ferreira,  falou sobre seu processo de criação, deixando claro que a inspiração é inexplicável.  O autor de “Reluz” frisou, por exemplo, sobre a questão lúdica da composição, que, muitas vezes faz sentido somente para quem compõe. No seu caso, mencionou o verso “ cheiro uma flor de cravo e canela”, frase musical de sua autoria, mas, que, na realidade, relaciona algo fictício, pois canela não tem flor. E, impressionando os presentes, confessou que é um comprador voraz de instrumentos musicais, na Brasil e exterior,  e que, na sua casa, tem violões diversos prontos para serem dedilhados com novas composições, a considerar um que fica no quarto, outro na sala, etc.

Entre os presentes estavam Edgard Fonseca filho, Presidente da Academia Niteroiense de Letras, Márcia Pessanha, Presidente da Academia Fluminense de Letras, os imortais  Liane Arêas – seu esposo Will Moura-, Leda Mendes Jorge e Gabriela Nasser, a jornalista Renata Cardozo e Leonizia Espanha, entre outros. Todo o aparato para realização do evento contou com o apoio do Clube Central e incansáveis esforços do jornalista Fernando Tinoco e da colunista Fernanda Leal. Vale dizer que o Cenáculo Fluminense de História e Letras, apesar de ter ganho, na justiça, direito à sede, ainda acha-se sem local para suas reuniões, resistindo, como grupo literário, há quase 100 anos. Já foi chamado de “ cenáculo ambulante”, mas, para dar um fim digno a esta história, Marcos Sabino se propôs a falar com o prefeito, Axel Grael, a fim de que que os direitos do coletivo sejam reconhecidos.

O Cenáculo Fluminense de História e de Letras é a segunda academia mais antiga, depois da Academia Fluminense de Letras. Teve um marco para celebração dos seus 97 anos de trabalhos ininterruptos de produção cultural e acadêmica e, seus membros já se preparam para a comemoração dos 98 anos da instituição, que possui a coletânea “O Imaginário na História e na Literatura Cenaculistas”, de autoria da Prof. Dra. Matilde Slaibi Conti, lançado em 2021, em uma iniciativa conjunta, unida a outros acadêmicos e a uma ala jovem. Vale destacar que adolescentes, que há tempos estão junto dos cenaculistas, freqüentando as reuniões, marcam a renovação desta instituição de forma inovadora, tendo incentivo para a produção nesta faixa etária.

 


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