Hoje, dia 23 de março, membros de diversas universidades se reúnem no Auditório do Núcleo de Estudos em Biomassa e Gerenciamento de Água (NAB), no campus da Praia Vermelha da Universidade Federal Fluminense, para inaugurar a Cátedra Unesco/UFF sobre Desigualdades Globais. O evento, que se inícia às 9h, tem o objetivo de compreender a formação e a reprodução das desigualdades globais de longa duração e em diferentes escalas, sugerindo estratégias para sua superação, entendendo não ser possível um desenvolvimento sustentável sem a diminuição das desigualdades, de caráter material ou simbólico.
Para o reitor Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, a Cátedra representa a consolidação de um movimento institucional de longo prazo, muito marcante na Universidade, que “busca compreender os fatores determinantes das desigualdades e a luta concreta, objetiva e simbólica, no intuito de reduzi-las e alcançar um mundo mais justo e próspero. A UFF tem um histórico e prática de políticas afirmativas como exercício concreto, cotidiano e de luta pela redução das desigualdades, por equidade, oportunidades e inclusão, e pela construção de um modo de funcionar mais próximo da sociedade”.
O reitor também destaca que, na Universidade, as mulheres ocupam 85% dos cargos de pró-reitorias nesta gestão, sendo a UFF pioneira nas políticas de apoio às mães e às mulheres em geral, buscando espaços equânimes para oportunidades profissionais e acadêmicas. “A Universidade também trabalha para encontrar soluções concretas internamente e discutir o tema das desigualdades globais em diversas frentes, como o projeto Caps Print, o centro de desigualdades globais e o curso Minor sobre desigualdades globais, sob uma perspectiva integral e profunda de discussão e construção de soluções transdisciplinares concretas”, conclui.
O programa de Cátedras da UNESCO foi lançado em 1992, com o objetivo de oferecer formação por meio do intercâmbio de conhecimentos e da solidariedade entre os países em desenvolvimento. Mais especificamente, busca-se fortalecer a educação superior nesses países; facilitar a cooperação internacional e promover a pesquisa e a produção de conhecimento, em consonância com as diretrizes da UNESCO (Educação para Todos, Água e ecossistemas, Ciência e Ética, Diversidade Cultural e Informação para Todos). Atualmente, existem 638 cátedras em todo o mundo; no Brasil, elas somam 25, distribuídas entre as cinco regiões do país.
No evento de quinta-feira, estarão presentes representantes das seguintes instituições: Quilmes (Argentina), Universidade de Rosário (Colômbia), Universidade de Koç (Turquia), Universidade de Groningen (Holanda), Universidade do País Basco, Universidade de Leuven (Bélgica), além de colegas associados à Cátedra Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), cujo tema é Diálogo entre saberes para transformações planetárias.
Serão emitidos certificados para os ouvintes que estiverem inscritos no evento. As inscrições podem ser realizadas através deste link.
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