Heróis da eletricidade do estado do Rio

Alguns engenheiros foram verdadeiros ícones da historia da eletricidade do estado do Rio, em uma época em que tinha que se colocar literalmente a “mão na massa”, passando ate por riscos de vida.
Assim, fizeram essa historia um ato de heroísmo, entrando em estacoes, intervindo para celeridade e segurança do serviço, ora mesmo na forca do próprio braço. Hoje, o cenário é bem diferente, com a tecnologia.

Privatizada em leilão em 20 de novembro de 1996, durante o governo de Marcello Alencar, a cia. de eletricidade do RJ continuou se chamando CERJ, uma vez que o governo do estado ainda detinha uma porcentagem na empresa. Só mudou sua denominação no início dos anos 2000, quando passou a se chamar Ampla, e atualmente chamada de Enel Distribuição Rio, após ser adquirida pela Enel Spa, companhia italiana.

Ainda é a empresa responsável pelo abastecimento energético em grande parte do estado do Rio (57 cidades), excetuando-se parte da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, do Vale do Paraíba Fluminense e o município de Nova Friburgo.

Há cerca de 40 anos, como engenheiro chefe da divisão de engenharia do departamento de distribuição da CBEE – Cia. Brasileira de Energia Elétrica, hoje ENEL Rio, Marcos Jorge Nasser se destacou pelo brilhantismo como engenheiro e pela fidalguia como tratava a todos.

Sobre reuniões na companhia, o também ícone por grande dedicação, Edson Gurgel, se traduziram em aprendizado.

Nasser alçou por mérito à chefia do Departamento de Engenharia de Distribuição de Energia Elétrica e deu suporte às diretorias técnicas da Companhia. Trajetória profissional brilhante na cia. de eletricidade do Estado do Rio de Janeiro.

“Conheci vários ótimos engenheiros que trabalharam diretamente com o Nasser dos quais me lembro, por exemplo, do Luiz Antônio Bastos, da Deise Spolidoro, do Luiz Gonzaga, do Rogério Miranda, já que estes foram os que por orientação do Nasser sempre nos atendiam quanto às demandas técnicas da Região Administrativa de Petrópolis que correspondiam aos municípios da região serrana do RJ e na qual trabalhei por muitos anos”, relata Edson Gurgel.

Disse ainda que Nasser com competência no trato decisivo deu apoio para que outras chefias executassem as necessárias reformas do sistema de distribuição da Regional que significaram um fantástico volume de projetos e obras que resultaram em qualidade do serviço na região da cidade imperial.

O Engenheiro Léo Borges contribuiu igualmente com esse esforço hercúleo.

A história da CERJ é a história do pioneirismo da energia elétrica no Estado do Rio de Janeiro, iniciada há mais de um século, no ano de 1883, em Campos dos Goytacazes (norte do Estado do Rio de Janeiro) com a instalação de uma pequena usina termoelétrica para suprir a energia de 39 luminárias de rua — o sistema de iluminação pública da cidade. Criava-se a primeira Companhia de Eletricidade da América Latina. Na década de 1930, após vários anos de controle estrangeiro no sistema elétrico fluminense, o governo do estado resolve começar a investir nessa área porém só em 1954 cria a Empresa Fluminense de Energia Elétrica (EFE).

Nasser, entre outros colegas, alguns citados acima e sua equipe foram um porto seguro para apresentar, discutir e sempre que possível e viável, aprovar demandas técnicas.

Como não poderia deixar de ser, o tempo consolidou uma amizade entre os contemporâneos que perdura ate hoje e é marcada por um almoço anual no restaurante Família Paludo, em Niterói.

Marcos Nasser foi um dos maiores, senão o maior engenheiro de distribuição de energia elétrica.

O histórico prédio da antiga CERJ no Centro de Niterói, que atualmente abriga a Enel, é um edifício com relevância histórica e arquitetônica. A sede da Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro (CERJ), que se tornou Ampla e posteriormente Enel, passou a ser conhecida como a sede da Enel. O prédio, que foi tombado como patrimônio histórico, é um marco no centro de Niterói e já abrigou diversos outros órgãos públicos, como o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro e o Conselho de Contas do Estado.


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