
A Secretaria de Estado de Saúde (SES), por meio da Superintendência de Atenção Psicossocial e Populações em Situação de Vulnerabilidade, realiza, nesta terça-feira (15.02), uma reunião virtual para debater pautas relacionadas à saúde dos povos refugiados residentes no estado do Rio de Janeiro. A família do congolês Moïse Kabagambe, espancado e morto no quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital, foi convidada e confirmou participação na reunião.
– Entre as ações de apoio à família, está a articulação com o Comitê Estadual Intersetorial de Políticas de Atenção aos Refugiados e Migrantes, o apoio junto à rede de atenção primária e saúde mental do município do Rio e a parceira com a Seção de Apoio Institucional e Articulação Federativa do Ministério da Saúde. Também conversaremos sobre políticas públicas para acompanhamento dos venezuelanos junto à SMS Nova Iguaçu e grupos de trabalho focados na saúde e atenção básica aos refugiados que se encontram no estado do Rio de Janeiro – explica Lilian Freitas, coordenadora do comitê.
O Comitê Técnico Estadual de Saúde Integral da População Imigrante e Refugiada (CTESIPIR), que se reúne desde 2019 e foi formalizado através da Resolução SES nº 2.530, de 09 de dezembro de 2021, é vinculado à Superintendência de Atenção Psicossocial e Populações em Situação de Vulnerabilidade da SES-RJ. Além da participação de integrantes da secretaria e da família de Moïse, também estarão no encontro virtual a Cáritas RJ, a ONG Mawon, a Organização Internacional de Migração, o ACNUR, a Cruz Vermelha, a FIOCRUZ, áreas técnicas do Cosems RJ e SMS dos municípios.
No dia 05 de fevereiro, na Barra da Tijuca, os participantes do comitê estadual estiveram em protesto pelo assassinato de Moïse. Na ocasião, foram distribuídas máscaras de proteção contra Covid-19 para os manifestantes. O Grupo de Trabalho (GT) da SES também realizou reunião no último dia 08 de fevereiro para falar sobre o acolhimento em saúde aos familiares do congolês.
– Nesse encontro foi definido, junto ao município, ações necessárias para estruturar o apoio pela atenção primária e pela saúde mental, ressaltando a importância da escuta, atendimento humanizado e respeito ao processo de luto dos familiares – destaca Lilian.
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