Fúria de Titãs: Arnaldo e Nando incendeiam a segunda-feira no QUALISTAGE​, na Barra da Tijuca

Foto divulgação – Babi Furtado e Dantas Jr.  

Após apresentações acústicas, músicos se unem para um fim apoteótico no Dia dos Namorados

 

Arnaldo Antunes e Nando Reis lotaram o Qualistage em plena segunda-feira – Dia dos Namorados, com o show “Amor dará e receberá”, que reúne os dois em formato minimalista, ao lado de apenas mais um músico — o virtuoso pianista Vitor Araújo com Arnaldo, o filho Sebastião e seu violão com Nando —, com direito a uma reunião acústica apoteótica no fim.

Arnaldo abriu a noite para uma casa já lotada, ao lado do jovem Vitor Araújo, prodígio do piano que, a partir de uma formação clássica, usa o instrumento de diversas formas diferentes, nas teclas e nas cordas. Sem ceder ao apelo dos sucessos fáceis, Arnaldo fez sua mistura de música e poesia, com faixas do disco “Lágrimas no ​Mar”, gravado pelo duo, além de outras mais antigas como “Socorro” e “O Pulso”, clássico dos Titãs. 

Arnaldo ainda recebeu Márcia Xavier para homenagear Gal Costa em “Como ​Dois e ​Dois”.

Os dois integrantes da família Reis vieram em seguida, com a enxurrada de sucessos que é natural nos shows de Nando, desta vez com o violão de Sebastião ajudando na elaboração de novos arranjos — eles completavam três anos de shows em duo, desde uma live pandêmica em 2020. “All ​Star”, “Relicário”, “Por ​Onde ​Andei” e outras foram reforçadas por “Dona”, sucesso de Sá & Guarabyra consagrado pelo Roupa Nova que está no disco novo do Colomy, banda de Sebastião, chamado “Jaú”.

Depois de cerca de uma hora para cada duo, Nando chamou Arnaldo e Vitor para um encerramento em quarteto, com três vozes, dois violões, piano e muita emoção. “Não vou me adaptar”, “A casa é sua”, “Já sei namorar” e “Do seu lado” encerraram uma incendiária — e romântica — noite de segunda-feira – 12 de junho. 

Prefeito de Niterói participa de reunião do Conselho Municipal de Turismo

 Axel Grael apresentou as ações do município para desenvolver o setor na cidade

– O prefeito de Niterói, Axel Grael, participou, nesta terça-feira (13), da 15ª Assembleia Ordinária do Conselho Municipal de Turismo, em um hotel da zona sul da cidade. Acompanhado do presidente da Neltur, André Bento, e da secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Valéria Braga, o prefeito apresentou aos representantes do setor as ações que o município vem desenvolvendo com o objetivo de criar uma identidade diferenciada para fomentar o turismo com investimentos em segmentos como esporte, cultura, ecoturismo, gastronomia e outros.

“Foi uma conversa importante para mostrarmos que a Prefeitura está agindo com um olhar diferenciado para atrair turistas de forma a movimentar a economia. Para isso, estamos preparando Niterói em segmentos diferenciados. Queremos pensar e agir juntos para criar uma identidade que possa agregar e qualificar os equipamentos que já existem, além de criar e incentivar novos espaços e atividades”, destacou Axel Grael.

O prefeito lembrou de locais que estão passando por intervenções por parte da Prefeitura para dar mais infraestrutura à cidade e criar mais opções. Dentre as realizações estão a revitalização do Centro, São Domingos e da Igreja da Boa Viagem; e a reforma da Concha Acústica, da Casa Norival de Freitas e da Cantareira. Há ainda investimentos como a recuperação do Cinema Icaraí, além da ampliação das áreas de proteção ambiental para incentivar o turismo ecológico. Existe o planejamento de uma gestão sustentável para o Parque Natural Municipal Morro do Morcego, localizado na Enseada de Jurujuba, às margens da Baía de Guanabara.

“Estamos preparando a cidade em vários aspectos. Temos várias linhas de trabalho para mostrar o potencial diferenciado de Niterói. Queremos fixar o turista não só para olhar a cidade, mas para ficar em Niterói. Voltaremos a participar este ano do Congresso da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) com um estande de Niterói, o que será muito importante”, explicou o presidente da Neltur, André Bento.

O presidente do Conselho Municipal de Turismo, Rodrigo Alvite, considerou relevante a participação do poder público na reunião.

“Foi muito importante ouvir do prefeito que temos tantas ações em andamento em diversas áreas. São ações que poderão ajudar a incrementar o turismo e fazer com que os envolvidos no setor possam participar”, afirmou Rodrigo Alvite.

Fotos: Luciana Carneiro

 

 

Sala Nelson recebe espetáculos infantis e comédia em junho



Programação começa na próxima sexta-feira (17) com a estreia a peça infantil “As Aventuras do Bob Zoom”

– A programação na Sala Nelson Pereira dos Santos, em São Domingos, durante o mês de junho, promete agradar pequenos e adultos. Na próxima sexta-feira (17) estreia a peça infantil “As Aventuras do Bob Zoom”. No dia 24 (sábado) os pequenos poderão curtir o espetáculo “Quinteto da Patrulha Canina” e, no domingo (25), a apresentação do +Cores. Para os adultos se divertirem, a opção é a comédia “Bye Bye Bangu”, também no dia 28 (sábado). Confira a programação completa com os dias e horários:

“As Aventuras do Bob Zoom” estão chegando a Niterói

Bob Zoom, a formiguinha azul mais amada do Brasil, chega à Sala Nelson nos dias 17 e 18 de junho, sábado e domingo, às 15h com sua mais nova peça teatral. Depois de estrelar as peças já consagradas “Bob Zoom em: A Folha Mágica”, “Bob Zoom: O Musical” e “Bob Zoom em: O Trem de Ferro”, agora, o famoso herói vive novas emoções em “Bob Zoom em: Clube de Aventuras”, peça baseada no estrondoso sucesso da primeira temporada da série animada “As Aventuras do Bob Zoom”, lançada em 2018.

Neste novo espetáculo teatral, Bob Zoom convida todas as crianças a participarem de seu famoso “Clube de Aventuras”, vivendo uma experiência de imersão em busca do trevinho da sorte, de forma didática, utilizando seus maiores sucessos musicais, como “Pula Pipoquinha” e “Caranguejo Não É Peixe”, assim como músicas inéditas relacionadas à série animada, como “Pequeno Grande Herói” e “Imaginando Aventuras”.

Agora, nosso amigo vem acompanhado de sua turma: Alex, um vagalume atrapalhado, medroso e muito engraçado; Lola, uma joaninha super otimista, romântica e simpática; Eva, uma minhoca que é um gênio, adora ler, escrever e é vidrada em tecnologia; e Zig e Zag, duas abelhinhas gêmeas que vivem discordando em suas opiniões.

Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos pelo site Sympla ou na bilheteria da Sala Nelson que funciona às terças e quartas das 13h às 19h, e de quinta a domingo das 13h às 20h.

Serviço:
“Bob Zoom em: Clube de Aventuras”
Data: Sábado e domingo, 17 e 18 de junho de 2023
Horário: 15 horas
Local: Sala Nelson Pereira dos Santos
Duração: 60 min
Classificação etária: Livre
Ingressos: R$ 80,00 inteira | R$ 40,00 (meia entrada) no site Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/81738) e na bilheteria da Sala Nelson – 3ª e 4ª – 13h às 19h | 5ª a domingo – 13h às 20h

Endereço: Av. Visconde do Rio Branco, 880. São Domingos, Niterói

Quinteto da Patrulha Canina chega à Sala Nelson Pereira dos Santos

Os cachorrinhos mais famosos e queridos da TV brasileira estarão no palco da Sala Nelson, dia 24 de junho, sábado, estreando o espetáculo “Quinteto da Patrulha Canina”, com muita música e dança para animar a criançada. Nessa versão teatral, os quatro filhotes heroicos Chase, Marshal, Skye e Ruble são liderados por um menino de dez anos de idade, chamado Ryder. Com uma mistura única de habilidades para resolver problemas com muito bom humor canino, o quinteto trabalha em conjunto em missões arriscadas de resgate para proteger a comunidade.

Os ingressos estão à venda e podem ser adquiridos pelo site Sympla ou na bilheteria da Sala Nelson que funciona às terças e quartas das 13h às 19h, e de quinta a domingo das 13h às 20h.

Serviço:
“Quinteto da Patrulha Canina”
Data: Sábado, 24 de junho de 2023
Horário: 15 horas
Local: Sala Nelson Pereira dos Santos
Ingressos: R$ 50,00 (inteira) | R$ 25,00 (meia entrada) | R$ 40,00 (vendas antecipadas até dia 20/06)
Locais de venda: Sympla – https://bileto.sympla.com.br/event/82170
Bilheteria da Sala Nelson – 3ª e 4ª – 13h às 19h | 5ª a domingo – 13h às 20h
Classificação: Livre
Endereço: Av. Visconde do Rio Branco, 880. São Domingos, Niterói

Sala Nelson recebe a premiada comédia “Bye Bye Bangu”

No dia 24 de junho, sábado, a Sala Nelson recebe a comédia “Bye Bye Bangu”, um monólogo estrelado pela Drag Queen Suzy Brasil, que teve duas indicações ao Prêmio Prio do Humor 2023, levando o prêmio de Melhor Performance. Escrito e dirigido por Diogo Camargos, “Bye Bye Bangu” conta a história de Consuelo, uma mulher recém aposentada que propõe a três amigas refazer a viagem realizada por elas há 25 anos, quando ainda eram jovens e cheias de sonhos. Enquanto espera as amigas no aeroporto, Consuelo relembra com muito humor as histórias da viagem anterior.

“É uma história que vai garantir boas risadas do público e num momento em que estamos precisando muito nos divertir”, conta Suzy Brasil. A ideia do espetáculo nasceu da vontade do produtor Claudio Tizo de trabalhar com a artista, que é uma personagem muito conhecida por seu histrionismo e alto astral. Suzy Brasil, além de ser expoente da comunidade LGBTQIAP+, é uma estrela do humor — tanto dos palcos quanto da televisão e da internet. Atualmente faz parte do elenco da quarta temporada do programa “A Vila”, do canal de TV por assinatura Multishow. Na emissora, também participou do programa “Ferdinando Show”, em suas três primeiras temporadas, e do documentário “Ferdinando.doc”. No teatro, atuou nos espetáculos “Controle Remoto” (2018) e “Uma Fortuna Pra Dois” (2019/2020), entre outros. Nas casas noturnas de todo o Brasil, se apresenta há mais de 26 anos.

Serviço:
“Bye Bye Bangu”
Data: Sábado, 24 de junho de 2023
Horário: 20 horas
Local: Sala Nelson Pereira dos Santos
Ingressos: R$ 70,00 (Inteira) | R$ 35,00 (Meia)
Locais de venda: Sympla – https://bileto.sympla.com.br/event/82458
Bilheteria da Sala Nelson – 3ª e 4ª – 13h às 19h | 5ª a domingo – 13h às 20h
Classificação: 16 anos
Endereço: Av. Visconde do Rio Branco, 880. São Domingos, Niterói.

As cores do arco-íris ganham vida no palco da Sala Nelson

No dia 25 de junho, domingo, o espetáculo infantil +Cores chega à Sala Nelson, prometendo encantar as crianças – e os adultos também – explorando o universo lúdico e imaginário das cores. Por meio de uma experiência cênica multissensorial e inclusiva, o espetáculo “+Cores” explora sons, texturas e linguagens distintas para discutir, de forma lúdica, temas como diversidade, respeito, tolerância e representatividade.

No espetáculo, cada faixa do arco-íris tem sua personalidade, seus sentimentos, suas emoções e seu lugar no mundo. Com tantas diferenças, surgem ideias, discussões e conflitos que costuram a trama levando os personagens à uma jornada na busca por igualdade, mas mantendo sua individualidade.

Os ingressos estão à venda e podem ser adquiridos pelo site Sympla ou na bilheteria da Sala Nelson que funciona às terças e quartas das 13h às 19h, e de quinta a domingo das 13h às 20h.

Serviço:
“+Cores”
Data: Domingo, 25 de junho de 2023
Horário: 16 horas
Local: Sala Nelson Pereira dos Santos
Ingressos: R$ 60,00 inteira | R$ 30,00 (meia entrada) | R$ 25,00 levando 1kh de alimento não-perecível
Locais de venda: Sympla – https://bileto.sympla.com.br/event/82549
Bilheteria da Sala Nelson – 3ª e 4ª – 13h às 19h | 5ª a domingo – 13h às 20h
Classificação: Livre
Endereço: Av. Visconde do Rio Branco, 880. São Domingos, Niterói

ALERJ INSTALA CPI DA VIOLÊNCIA CIBERNÉTICA CONTRA AS MULHERES

 

Foto: Thiago Lontra | Texto: Daniela Abreu

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência Cibernética Contra as Mulheres foi instalada, nesta terça-feira (13/06), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Na reunião, o colegiado, que será presidio pela deputada Martha Rocha (PDT), autora do pedido da CPI, elegeu as deputadas Tia Ju (Rep) e Índia Armelau (PL) como vice-presidente e relatora, respectivamente.

À frente do grupo, Martha Rocha falou sobre a escolha desse tema para a criação da CPI. “Nós tivemos no primeiro momento a Lei Maria da Penha e depois a Lei do Feminicídio. No caso dos crimes na área cibernética, nós contamos com a Lei Carolina Dieckmann e recentemente a questão da violência psicológica, chamada de ‘stalker’. Vemos que no âmbito do Direito Penal, apesar de o Brasil não ter conseguido fazer uma releitura total do Código Penal, que tem sua origem em 1940, nessa parte da violência contra a mulher percebemos que o legislador está atento”, comentou, observando que ao permitir a CPI o presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar, mostrou também entendimento e sensibilidade sobre a importância do assunto.

Já Tia Ju mostrou-se agradecida pela confiança de seus pares. “Agradeço pela escolha do meu nome e fico muito lisonjeada e, certamente, nos esforçaremos muito. Acho que o time está bom e essa CPI será mais uma de grande sucesso”, disse.

Eleita relatora, Índia Armelau destacou a importância da CPI e afirmou conhecer bem esse tema por ter uma efetiva atuação nas redes sociais. “Acho que aqui muitos sabem que o meu forte é rede social, então, sobre violência cibernética eu tenho propriedade para falar, pois fiz dois registros de ocorrência a esse respeito. Acredito que a gente vá conseguir fazer a diferença, efetivamente, porque muita gente acha que isso é besteira e não é, e acaba que muitas ameaças não são levadas até o fim”, pontuou a parlamentar, acrescentando que por conta de opiniões feitas nas suas redes ela teve de optar por um carro blindado e usa segurança.

A CPI é composta também pelos deputados Jorge Felippe Neto (Avante), Valdecy da Saúde (PL), Franciane Motta (União), Zeidan (PT), Dani Monteiro (Psol) e Luiz Paulo (PSD).

Debate urgente

Para o deputado Luiz Paulo (PSD), que integrou a reunião, falar sobre os crimes cometidos contra a mulher no ambiente cibernético é urgente. “Todo crime é absolutamente inadmissível. Eu acho que essa é uma CPI absolutamente relevante, porque o crime cibernético tem uma gravidade até maior do que a do crime de agressão física, por ser permanente e se propagar em velocidade imensa”, observou.

A deputada Dani Monteiro (PSol) parabenizou as três deputadas que conduzirão a comissão. “Acredito que com essas três mulheres à frente, nós conseguiremos não só debater a violência contra a mulher no espaço das redes, mas também mostrar uma nova era da política brasileira, onde mulheres estão também à frente dos espaços de poder e onde a democracia de fato será institucionalizada”, opinou.

Primeira oitiva

A deputada Martha Rocha sugeriu que a primeira oitiva seja com Natasha Oliveira, que atuou na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), é mestranda em Direito Penal e doutoranda em Violência Contra a Mulher. “Estamos querendo trazer uma delegada de polícia, a Natasha, que trabalhou na DRCI, e ao longo da sua trajetória na polícia vem se especializando no tema violência de gênero. Ela traz o conteúdo acadêmico e também a experiência do balcão da delegacia, fazendo entender quais são esses crimes e como ocorrem”, justificou a presidente da CPI.

 

 

 

A Galeria E.Mardine Arte apresenta a exposição ‘Os Mardines’, no Shopping Cassino Atlântico, trazendo uma correspondência plástica entre pai e filho, a partir de 16 de junho

 
 
 
 
A Galeria E.Mardine Arte abre a exposição “Os Mardines”, com pinturas dos artistas Edson Mardine e Edson Mardine Junior,  pai e filho, trazendo uma correspondência plástica, uma união de raízes profundas baseadas na admiração mútua, porém respeitando cada aprendizado individual em suas obras. Formas geométricas de cores marcantes ao lado de abstratos azuis que lembram o movimento do mar, obras inéditas e outras pertencentes ao acervo, estarão expostas nos corredores e na galeria 309, no 3º piso do Shopping Cassino Atlântico, com curadoria de Luiz Antonelli, a partir de 16 de junho.
 
 

Texto crítico – “O Mar que os une”


Edson Mardine


Por toda a história, assistimos a vidas que compuseram potentes obras. A arte sobrevive a diferentes formações, a mãos, olhares, espíritos de tempo. Hoje, encontramos olhares que se mostram cada vez mais atentos a identidades que incorporaram, sobretudo, a ideia de liberdade como força da alma do artista.

Deparamo-nos com a obra de Edson Mardine, artista que iniciou sua carreira no campo dos empreendimentos, sem perder de vista o interesse pelo universo da arte. Ao longo de seus 80 anos, colecionou diversas viagens pelo mundo e, com seu olhar atento, construiu um vasto capital cultural. Na busca por uma experiência com a visualidade, alimentou sua presença em acervos de museus de países pelos quais andou e suas culturas.

O interesse pelas artes o transformou em um colecionador que vem adquirindo obras importantes da nossa história ao longo de seis décadas. Em termos curatoriais, seu olhar artístico para composição de acervo é fascinante: sua coleção é plural e extensa, exibindo o diálogo forte entre as obras que, juntas, assumem um sentido poderoso. Neste acervo, encontramos autorias que exibem trabalhos conectados a uma plasticidade figurativa incorporada de noções das modernidades que eclodiram ao longo de diferentes períodos, tais como Anita Malfatti, Portinari, Di Cavalcanti, Lasar Segall, ou de artistas que fluíram por uma perspectiva mais abstrata, como Burle Marx.

Percebemos como a conexão com o mundo dos leilões e o exercício de pensar uma coleção atuaram na consolidação do olhar do artista em sentidos mais amplos, funcionando como uma espécie de formação do olhar. Elemento percebido nas conexões que sua produção apresenta com tradições de representação. Mardine se transforma em um colecionador plástico, mas não só: coleciona também experiências de vida e memória, uma árvore genealógica permeada de diálogos com culturas distintas, compondo uma identidade artística consistente.

Em termos estéticos, notamos em seu trabalho o apreço por uma pincelada forte que se desenvolve de modo alongado ou breve, culminando numa força vigorosa da ação em tela. Este elemento iconográfico nos aponta movimentos que se inserem em tradições mais abstratas, sem, no entanto, se distanciar de uma ideia de composição muito presente nas pinturas de artistas que nascem de uma formação acadêmica e se dedicam ao gênero de representações de paisagem, por exemplo. Essa combinação de perspectivas e influências remonta a um diálogo entre o mundo figurativo e o abstrato.

É importante destacar essa força como o elemento que nos guia e conduz nosso olhar por sua extensa produção; por mais que sua obra apresente uma pincelada mais solta, não é a geometria que sustenta a sua pintura, e sim a fluência do nascimento das formas. Nesse ponto, não podemos perder de vista como o pensamento construído enquanto colecionador reflete em suas obras de arte, reafirmando a ideia de aproximação do espaço entre dois mundos: o tangível e o sensível.

As obras que exibem abstrações azuis, quando colocadas juntas, refletem um grupo poderoso de telas que apontam para significados sólidos e pensam a força da tradição de pintores que vieram antes dele – e, mais uma vez, notamos a força da influência das modernidades. Na acrílica sobre a tela, a mistura do azul vai ganhando gradações intensas e variadas que, ao se fundir a tons mais claros e escuros, encontram verdes ou, ainda, outras feições cromáticas, ultrapassando a racionalidade que ganha significado inserida na ideia de certa frieza emitida pelo tom azul. Os sentidos reverberam e invadem um universo mais etéreo e espiritual que é apresentado por meio das cores artificiais, aludindo a mundos imaginados, ao mundo dos sonhos e dos símbolos que beira a significações de uma mística, transformando formas visivelmente abstratas em sentidos capazes de ultrapassar o mundo do que pode ser visto.

Chegamos ao território fértil da abstração e sua capacidade de representar o invisível, de tangenciar o mundo sensível, de ultrapassar tudo o que pode ser visto e nos colocar diante da ideia cuja forma possível de expressão, muitas vezes, não pode ser encontrada no campo das palavras. Estamos falando de sentimentos vislumbrados em tela. A pincelada que desliza sobre a tela toca outra pincelada que a sobrepõe e forma, nesse movimento, um emaranhado de sentidos que fluem e impactam à maneira como respiramos ou sutilmente nos portamos diante da imagem. Todas essas pequenas sutilezas são atravessadas em nosso corpo.

Aqui evoco Arthur Rimbaud, que nos lembra: “Il s’agit d’arriver à l’inconnu par le dérèglement de tous les sens”. O poeta simbolista francês nos comunica, por meio de seu pensamento filosófico e, por que não, psicanalítico, aquilo que a arte clama por dizer; traduzindo: trata-se, portanto, de atingir o desconhecido pelo desregramento de todos os sentidos.

E, nesse mar de pinceladas desregradas, formatamos, enquanto observadores, figurações construídas a partir da nossa capacidade individual de dialogar com as cenas, ou melhor, com as pinceladas, ou melhor ainda, com a representação do mar. Nosso olhar armado de uma subjetividade própria captura a ideia de furor e movimento; da ação; da correnteza do mar, capaz de conduzir corpos, ou dos céus e seus mistérios… vá saber. A aproximação dessas duas produções plásticas conecta não somente pinceladas, mas, sobretudo, aproxima os cursos de duas vidas.

Mardine Júnior

Até o início dos anos 60, as obras de arte pertenciam a basicamente duas categorias: pintura e escultura. Michael Archer aponta que, durante essa década, outros formatos desafiavam esse “duopólio”; na atualidade, é possível perceber como essas práticas exerceram força sobre o universo das formas, levando a expressão artística contemporânea a um espectro amplo.

O pensamento artístico de Mardine Júnior nasce da amplitude desse mar de influências contemporâneas que se tornaram solo fértil da consolidação de um gosto que o acompanha por diferentes fases da vida. Na infância, já se aventurava pelo campo da abstração e construía um universo lúdico próprio por meio de experimentações plásticas de formas abstratas. No início da fase adulta, flertou com o universo da música, sem, no entanto, se desconectar do interesse pelas experiências plásticas.

Iniciou sua carreira com a formação em Direito e, posteriormente, se aprofundou nos estudos sobre filosofia, o que proporcionou um pensamento intelectual que o levou a uma carreira no campo dos empreendimentos. Mantendo seu interesse pelo universo das artes, cultivou como hábito longas caminhadas por museus de diferentes lugares do mundo, ampliando seu capital cultural. Transformou-se em um colecionador de importantes obras de arte e reúne um coerente e forte grupo em sua coleção que também funciona como uma espécie de força motriz na direção da formação de seu olhar artístico.

Em meio ao mar revolto em que o mundo se transformou durante o período pandêmico, o infortúnio culminou em uma união de Mardine Júnior e seu pai, que, juntos, compartilhando do mesmo ateliê, uniram a força de suas pinceladas expressivas e viscerais. Esse ato é responsável por despertar o retorno das mãos do artista para o universo da criação. Passou a se dedicar a explorar o mundo da abstração, voltado para experimentações que visam um aprofundamento em estruturas geométricas e desenhos que apresentam um grafismo forte. A partir de técnica mista, experimenta a força da acrílica sobre a tela, revelando uma produção que exibe um diálogo cromático de tons ocre, cores primitivas nascendo de pinceladas mais curtas, por vezes extensas.

Inserido no universo geométrico, o artista retoma o sentindo de outro tipo de mar: o mar do concreto que impera pelos contornos das ruas das cidades e exibe formas rígidas, o mar das estruturas de grades, o mar das ruas e de pessoas que nelas transitam. Em seu trabalho, é possível perceber um interesse por movimentos artísticos que se aprofundaram em uma abstração específica de um aspecto matemático das formas, conectado, por exemplo, ao vanguardismo exibido pelos artistas da Bauhaus e suas conexões com o universo da arquitetura.

Como um flâneur, termo derivado do pensamento do poeta Baudelaire, o artista se apresenta como uma figura andante pelas multidões; flanante, explora o espaço urbano e dele extrai observações. Nessas explorações, seu olhar artístico se faz guia de seu espírito e o leva ao interesse por objetos que se fundem a suas produções, reverberando na mistura da técnica.

Dessa narrativa, nasce a obra que se transformou numa espécie de norte para essa curadoria. O conjunto de sancas nos faz lembrar da força compositiva tão presente nas obras de artistas do movimento decadentista do fin-de-siècle. A presença do tempo ganha vida e força, dialogando com o ocre, marrom, dourado e com pinceladas soltas do plano de fundo sépia. As estruturas da composição estão presentes e exibem o vigor geométrico que se dilui e se conecta ao pensamento de quem observa. Mais uma vez, percebemos a aparência da abstração como fio condutor do mar de percepções e protagonista do diálogo das formas.

Ao observar a vastidão de sua produção, notamos que os tons terrosos vão aumentando a sua temperatura, e a consolidação no universo cromático se dá sem perder de vista uma espiritualidade invisível na vidência das formas. A forma repete a estrutura compositiva de grades e conecta os aspectos geométricos a símbolos que ultrapassam a cena, dialogando, assim, com a obra de seu pai, com os sentimentos subjetivos de quem observa, por meio da forma que se modifica e passa a representar cores mais diversas e plurais.

Historiadores da arte escrevem sobre a existência de uma vida própria das obras. Neste pensamento, as mãos do artista ganham uma espécie de força de uma inteligência própria, o que amplia o universo da arte, uma vez que não estamos mais falando apenas do pensamento e intenção dos artistas, e sim do pensamento da obra enquanto sujeito e do que esse coletivo de indivíduos plásticos pode, junto, representar.

As obras de arte emitem sinais em seu universo particular e se comunicam entre si, estabelecem diálogos, e nós, como público, assistimos ao poder dessas imagens em imprimir sentimentos em cena. E assim, portanto, passamos a interpretar e discorrer acerca do pensamento do objeto e das emoções que ele suscita em nós. A inteligência das mãos dos artistas constrói narrativas abstratas que conectam a arte a um histórico.

Nesta exposição, temos a oportunidade de observar, lado a lado, um diálogo formidável entre a produção plástica de dois artistas. Por meio do fluir da força da cor, da abstração, da pincelada visceral capaz de colocar sentimentos em forma, somos conduzidos ao movimento que se constrói e deságua num mundo próprio criado por pai e filho, que faz parte desse MAR que os une – pelo nome, pela arte, pelo sangue e pela vida.

 

Brenda Martins de Oliveira


Sobre  Edson Mardine


Edson Mardine inaugura sua carreira no campo dos empreendimentos e se dedica ao longo de seus 80 anos como colecionador de arte. Seu interesse pelo universo da arte o levou a variados museus por diversos países do mundo o que colaborou ricamente para a construção de um olhar apurado, uma coleção de arte plural e consistente com nomes de grande importância para a historiografia da arte.


O olhar artístico que começou a ser construído, enquanto colecionador, culminou em um artista plástico de produção voraz e pinceladas viscerais. A partir da acrílica sobre tela é possível perceber uma técnica que se aproxima das experimentações plásticas de artistas contemporâneos, sem perder de vista a força de um histórico de pintura que se inserem em diferentes tradições, sobretudo, a de representações de paisagens.


Nesta exposição o artista apresenta 10 obras em acrílico sobre tela, que refletem a força de sua pincelada abstrata, nos conduzindo a narrativas próprias em diálogo com nossas emoções. Além dessas, serão expostas  mais 20 obras que fazem parte do acervo da galeria.

 

Sobre Edson Mardine Junior


Mardine Júnior inicia sua carreira a partir da formação em Direito e, posteriormente, especialização em Filosofia, permitindo-lhe um pensamento intelectual e o levando a construir uma carreira no campo dos empreendimentos. O gosto pela arte sempre o acompanhou em diferentes fases da vida. Ainda quando criança, o artista já se aventurava pelo campo da abstração e construía um universo lúdico próprio por meio de experimentações plásticas de formas abstratas, o que na fase adulta o levou para uma imersão maior no universo da música.


O gosto pela abstração e o apreço pelo colecionismo são características que herdou do pai, uma vez que o artista, da mesma forma, constrói um olhar artístico apurado a partir de diversas visitas a importantes acervos museológicos em vários países. Sendo um colecionador de obras de importantes nomes da nossa historiografia da arte.


Como artista plástico,suas produções nascem do interesse por movimentos artísticos que se aprofundaram na abstração e geometrização de formas, como a Bauhaus e suas conexões com a arquitetura. O artista retoma seu contato com a pintura durante a pandemia no ateliê ao lado do pai. Apresentando uma similar força visceral visível em suas pinceladas, no entanto, se dedicando a explorar com mais profundidade o universo da geometrização dos desenhos que apresentam um grafismo forte. Por meio de técnicas mistas e sobretudo, acrílico sobre tela, observamos nesta exposição 10 obras que apresentam um formidável diálogo cromático, perceptível em outras 20 obras do artista que também fazem parte do acervo da galeria.

 

 

 

Exposições individuais

Galeria Maria de Lourdes Mendes de Almeida – Ipanema RJ (Cândido Mendes) – 19 de janeiro a 28 de abril

Pequena Galeria, Rua da Assembléia 10 – Centro RJ (Cândido Mendes) – 15 de março a 15 de junho

Sobre o Shopping Cassino Atlântico



O Cassino Atlântico era um dos cassinos que ficavam na praia de Copacabana. Durante a década de 1930, jogos de bacará, campista, roleta, black jack e carteado atraíam a sociedade carioca e pessoas de outras cidades (do Brasil e do mundo) ao local. O prédio do antigo Cassino Atlântico foi demolido nos anos 1970 para dar lugar ao novo hotel. Muitos momentos históricos foram vividos no Cassino, entre eles, os shows de Carmem Miranda, que era presença certa no local.


O Shopping Cassino Atlântico foi criado há cerca de 40 anos e abriga, em sua maior parte, lojas de antiguidades e galerias de arte, que trazem artistas consagrados no Brasil e no exterior. Passada a pandemia, o local reinventou-se e apostou na diversificação, com restaurantes, coffee shop, eventos em seus corredores, abertos aos hóspedes do hotel e ao público em geral. Sofisticação e conforto, entre o mar e a arte, em um só local, que vai agradar aos mais exigentes!

Instagram: @cassinoatlanticoshopping 

Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem

 

Serviço

Exposição: ‘Os Mardines’

Nome dos artistas: Edson Mardine e Edson Mardine Junior

Curadoria: Luiz Antonelli

Apresentação critica: Brenda Martins
Coordenação técnica: Beth Padula
Coordenação de Acervo: Jéssica Matta

Fotografia e marketing: Estação Criativa

Assessoria de Imprensa: Paula Ramagem

Data de abertura: 16 de junho a partir das 17h

Data de visitação: 17 de junho a 15 de julho de 2023

Local: Galeria E.Mardine Arte (loja 309) e corredores – 3º piso

Instagram: https://www.instagram.com/emardinearte/

Site:  https://emardinearte.com.br/

Shopping Cassino Atlântico – Av. Atlântica, 4.240 – Copacabana, RJ

De segunda a sexta, das 9h às 18h e sábado das 9h às 17h

 

Terça-feira de ondas pesadas para o segundo dia de disputas do Itacoatiara Pro Bodyboard World Contest

 

– O segundo dia do Itacoatiara Pro, 3ª etapa do Mundial de Bodyboarding, foi marcado pela eliminação do atual bicampeão mundial, o sul-africano Tristan Roberts. O mar de ondas grandes da praia niteroiense também surpreendeu o chileno Joaquin Soto que perdeu a prancha e precisou ser resgatado pelo jet ski de salvamento do evento.

“Parece que o mar dobrou de tamanho, vem correnteza de tudo que é lado, mas ainda bem que passei”, avaliou o baiano Gabriel Braga, um dos seis brasileiros que ainda estão entre os 24 atletas que batalham pelo título da competição. A melhor onda desta terça-feira (13) também ficou com um brazuca, o cearense Zacarias Nunes, com uma nota 9.

As previsões meteorológicas apontam ondas maiores para esta quarta (14), entre 4 e 5 metros. “Para amanhã, vamos avaliar as condições gerais do mar. Apesar dos participantes serem profissionais, de alta performance e rendimento, a segurança deles vem sempre em primeiro lugar”, advertiu Giuliano Lara, diretor da competição e idealizador do Itacoatiara Pro, não descartando suspender as disputas caso seja necessário.

O evento avançou até o round 5 e agora temos apenas os 24 melhores atletas na disputa dos R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) oferecidas pelo Itacoatiara Pro, último evento da perna sul americana que iniciou no Chile.

Depois do Brasil, o tour passa por Maldivas, Marrocos, França, África do Sul e Ilhas Canárias.

Quem quiser acompanhar o Itacoatiara Pro 2023 pode acessar o canal da International Bodyboarding Corporation (IBC) no Youtube, pelo endereço: https://www.youtube.com/@IBCWorldTour, que chegou a ter quase 50 mil visualizações, em momentos de pico, durante essa terça-feira de mar agitado em Itacoatiara, Niterói

 

 

MPRJ obtém bloqueio de redes sociais de influenciadoras que ofereceram banana e macaco de pelúcia a crianças negras  

A 1ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de São Gonçalo obteve, nesta terça-feira (13/06), o bloqueio das redes sociais das influenciadoras digitais Nancy Gonçalves Cunha Ferreira e Kerollen Cunha, que ofereceram, em vídeo publicado nas plataformas, uma banana e um macaco de pelúcia a duas crianças negras. A decisão, da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de São Gonçalo, bloqueia, pelo prazo de seis meses, os perfis e conteúdos das influenciadoras no Youtube, Instagram e TikTok, além de determinar que ambas fiquem impedidas, pelo mesmo período, de criar novos perfis nas redes sociais, bem como de se apresentar de qualquer forma em outros perfis, sob pena de multa diária de R$ 5 mil. O Juízo também ordenou a remoção dos vídeos, nos perfis informados, com conteúdo que viole direitos infantojuvenis.  

A ação foi proposta, inicialmente, por um deputado estadual integrante da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, e que não pôde ser parte legítima para propor a demanda por não estar entre os legitimados constantes do artigo 210 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).  

Em seus argumentos, a 1ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de São Gonçalo destaca que as influenciadoras são titulares de canais nas três plataformas, apresentando diversos vídeos com a participação de crianças, adolescentes e idosos. O vídeo amplamente divulgado, em que uma das requeridas distribuiu banana e um macaco de pelúcia a crianças negras, inferindo a prática de racismo, é objeto de investigação pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, sendo necessária a apuração pelo Ministério Público quanto a possíveis infrações ao ECA, em razão da exposição de crianças a situações vexatórias e degradantes, cujas visualizações são potencializadas pelo número expressivo de seguidores inscritos nas redes sociais das influenciadoras, que superam a marca de 14 milhões de pessoas.   

Além disso, a peça inicial ressalta que Nancy é microempresária individual, proprietária da empresa Kerollen e Nancy, cujo objeto é a atividade de pós-produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão, o que levanta a suspeita de que os vídeos com conteúdos discriminatórios e vexatórios possam ter sido “monetizados”, gerando lucros às duas requeridas.   

“É fato que as imagens publicadas nas redes sociais das requeridas, as quais oferecem como ‘presentes’ para as crianças bananas e um macaco de pelúcia, filmando suas reações, expõem menores a situação vexatória e degradante. Como bem consignado na peça inicial, as redes sociais das requeridas somam cerca de 14 milhões de seguidores, o que fez com que as publicações tivessem ampla repercussão. A Constituição Federal assegura a todos o direito à proteção dos direitos fundamentais, dentre os quais, o direito à liberdade de expressão. No entanto, o seu exercício por meio das redes sociais não é amplo e irrestrito e está condicionado à preservação de outros direitos fundamentais igualmente tutelados, como a dignidade da pessoa humana”, diz um dos trechos da decisão.  

Ângela Siqueira toma posse na Casa da Amizade

Nesta terça feira, ,13 de junho, numa solenidade leve, alegre e repleta de amigos, tomou posse, na Presidência, ,juntamente com seu Conselho Diretor, Angela Cristina Curi Ferreira de Siqueira, para gerir o período 2023-2024 da Casa da Amizade das Rotarianas e Senhoras dos Rotarianos!
A Casa da Amizade abriu seus enormes braços para receber todos num delicioso almoço com Buffet de Beth Schuller e Cerimonial de Débora Maia!
Uma tarde festiva regada a muita alegria e companheirismo!
A Presidente Angela Cristina estará representando o Rotary Club de Niterói Norte!

 

Na foto, a presidente anterior da casa da amizade, Maria Auxiliadora Xavier, Dora como era chamada e a atual, Ângela Siqueira.

Jorge Ventura lança o livro “Outras Urbanas”, com poesias que tratam da relação do homem consigo mesmo e com a realidade dos centros urbanos

 
 
 
escritor Jorge Ventura lança o livro “Outras Urbanas”, onde, no auge de sua maturidade poética, trata da relação do homem consigo mesmo e com a sociedade que o cerca nas grandes cidades, com poesias que jogam luz no que há de mais prazeroso, alucinante e, ao mesmo tempo, de mais caótico e decadente nos centros urbanos.
 
 
A característica primordial desta obra está na junção do signo verbal ao icônico (desenhos, fotos, imagens, alternância do preto e branco no fundo da página e/ou na mancha do texto), num belo projeto editorial da Ventura Editora, com execução/montagem do designer Gustavo Gama, e desenhos de  Val Mello, fazendo o leitor transitar entre o poético e a realidade.
 
 
O lançamento de “Outras Urbanas” será no dia 10 de julho (segunda-feira), no Bar / Restaurante Ernesto, Rua da Lapa, 41 – Centro/RJ, das 18h às 21h30, durante o evento Te Encontro na APPERJ.
 
 
 
CONVITE À REFLEXÃO por César Manzolillo


“Quando as estrelas começarem a cair, me diz, me diz pra onde é que a gente vai fugir?” – Renato Russo

Penso que qualquer manifestação artística deve ser realizada da forma mais livre possível, sem amarras ou regras rígidas. Apesar disso, no que diz respeito à coletâneas literárias (reunião de contos ou de poemas, por exemplo), julgo que a proposta se torna mais satisfatória quando o autor, mais do que uma junção pura e simples (muitas vezes aleatória) de textos, decide pôr sua capacidade criativa a serviço de um projeto. Em outras palavras, os textos que compõem a publicação dialogam entre si, formando um conjunto coeso e harmônico.

Essa é claramente a opção de Jorge Ventura, que agora nos traz este belo Outras Urbanas. Aqui, os poemas apresentam temática urbana, e as máculas da cidade recebem um olhar poético. Ventura é autor de múltiplos recursos, dono de uma sólida obra poética, enriquecida agora com este título que você tem nas mãos. (…)

 
 
(…) Com este livro, Jorge Ventura oferece ao leitor, além do deleite estético, a possibilidade de reflexão, algo fundamental na vida de qualquer ser humano. Assim, sugiro que você avance logo algumas páginas e comece a leitura, deixando-se impregnar pelo talento impermisto contido neste necessário Outras urbanas.
 
 
 

OUTRAS URBANAS /OUTRAS VISÕES  por Adriano Espínola



Quando Baudelaire cruza com uma majestosa mulher, em uma rua agitada de Paris, certo de que nunca mais tornará a vê-la, ou quando avista uma esplêndida carniça em uma esquina ou, ainda, quando nos fala da perda da sua aura de poeta sublime no lamaçal da rua, está, com essas peças, sugerindo um novo espaço do acontecimento poético: o espaço da grande cidade. Diferentemente do locus romântico, que instava o poeta a refugiar-se na natureza e a cantá-la, certo de que ali poderia fundir e aplacar a sua subjetividade atormentada, o seu Eu nostálgico em busca do absoluto, o autor de As flores do mal (1857) vai surpreender na cidade uma nova e insuspeitada beleza, “metade transitória, metade eterna”. A beleza da própria modernidade. (…)

Jorge Ventura é um desses poetas que faz avançar, já no século 21, essa incontornável linha temática da poesia moderna, como podemos atestar neste seu novo livro, Outras urbanas. O próprio título parece-nos sugerir a consciência dessa retomada, como se dissesse que agora surgem “outras (poesias) urbanas”, a partir da significação verbal-poética associada à representação gráfico-visual, perfazendo, ao longo do volume, uma “via de mão dupla”. (…)

Mas aqui o desafio maior está mesmo em expressar poeticamente a dura realidade humana e social da cidade – da cidade do Rio de Janeiro, onde nasceu e vive o poeta – , com seus problemas, medos, violências, injustiças e ameaças que cercam o dia a dia dos habitantes da outrora “cidade maravilhosa”. E isso o autor o faz de forma precisa, ao denunciar o processo de desumanização dos espaços e de seus viventes, nas quatro partes do livro (“Gente”, “Bichos”, “Ruas” e “Caos”), mas também, aqui e ali, pontuando-o com a voz lírico-existencial (“sou criança/no azul pátrio/das manhãs/marginais”) e amorosa (“a musa, a música, o bom vinho/à noite, todo sonho é bem-vindo” (…)

Considerando a unidade temática voltada para a cidade e o ousado projeto gráfico-visual, podemos afirmar que, com Outras urbanas, Jorge Ventura logra realizar, na contemporaneidade, um dos mais criativos e instigantes livros de poesia, dando continuidade à estética dissonante dos poetas modernos, inaugurada por Charles Baudelaire.

 
 
Sobre Jorge Ventura
 
 
Jorge Ventura é escritor, roteirista, editor, ator, jornalista e publicitário. Tem pós-graduação em Marketing e Didática do Ensino Superior. Possui 10 livros publicados e participação em dezenas de coletâneas e antologias nacionais e estrangeiras. É presidente da APPERJ (Associação Profissional de Poetas no Estado do Rio de Janeiro), vice-presidente da ABLAP (Academia Brasileira de Letras e Artes pela Paz), titular do Pen Clube do Brasil, membro diretor da UBE – RJ (União Brasileira de Escritores) e um dos integrantes do grupo Poesia Simplesmente. Recebeu diversos prêmios, em nível nacional e internacional, como autor e intérprete. Tem poemas vertidos para o inglês, francês, espanhol, italiano e grego. É sócio proprietário da Ventura Editora e Editora Iniciatta.

Instagram: @jorgeventura4758

 
 

Fefa expõe força feminina com arte na Odontoclinic Icaraí   

 

 

A artista Fefa Guedes apresenta a exposição individual “FEMME”, na Galeria Odontoclinic Icaraí, a partir desta quarta-feira, dia 14 de junho, com abertura às 16h30 para convidados.

 

Nascida em Resende, Fernanda Guedes vive em Niterói desde 1974, estudou no Miraflores e no La Salle Abel, fez intercâmbio cultural na Dinamarca, morou em Londres para estudar inglês, mas foi nos cursos na área têxtil, com corte e costura, crochê, bonecas, quilt e patchwork, que deu novas asas à arte de criar.

 

Fefa conta que adora o desafio do tecido e do papel em branco. Nos trabalhos, lança mão do bordado livre, reunindo figuras femininas bem unidas. Na pintura, utiliza diversas técnicas, como aquarela, pasteis e acrílica sobre tela, pano ou papel.

 

Aberta em maio, a galeria da Odontoclinic Icaraí estreou com a coletiva de fotografias “Mãe, sorria! Você está em Niterói!”, reunindo quatro mulheres: Adriana Oliveira, Isabel Bulcão Aceti, Macarena Lobos e Silvia Suzane.

 

A “FEMME” de Fefa Guedes pode ser vista de segunda-feira a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 13h. A Odontoclinic Icaraí fica na Rua Gavião Peixoto, 387.