Ícones da literatura fluminense lamentam a perda de Gentil Moreira

 

 

Escritores fluminenses lamentam a perda de Gentil Moreira, 92 anos, empresário, escritor e persona de destaque no cenário cultural niteroiense e internacional, como incentivador da cultura luso-brasileira, membro titular do Cenáculo Fluminense de História e Letras, organização que possui 98 anos e que também é considerada uma academia, tendo importância hierárquica imediatamente abaixo da Academia Fluminense de Letras.

Já se comenta no legado deixado pelo empresário e escritor, que lançou quatro livros, os quais se pode destacar poesias de rememoram a sua infância, vivida em Portugal. “A maior homenagem que podemos fazer e devemos prestar ao nosso catedrático Gentil é seguir ajudando os músicos de rua, os meninos da Grota, entre tantos que deliciavam nossos ouvidos pelas esquinas da Moreira César , atual Rua Ator Paulo Gustavo. Ele foi pioneiro mecenas de outras artes, com humildade, sem alarde no fazer bem dos bons”, comenta Matilde Slaibi Conti, Presidente do Cenáculo Fluminense de História e Letras, instituição na qual Gentil Moura era vice-presidente.

Tantos esforços na área comercial e artística são reconhecidos constantemente. “Sr. Gentil deixou um passado glorioso, digno de quem sempre lutou e venceu em nosso país, mas que nunca se esqueceu do seu torrão natal – Arouca. E, como no seu livro tudo está vivo, para nós, sua lembrança sempre estará viva em nossa memória afetiva”, comenta Márcia Pessanha, Presidente do Elos Clube de Niterói.

Há 71 anos, Gentil chegou à Niterói, vindo de Arouca, pequena cidade do norte de Portugal. Chegou a exercer a profissão de alfaiate, mas, dentro de 9 anos, comprou uma padaria, localizada no Centro de Niterói. E de alfaiate se tornou empresário da panificação e pâtisserie, tendo comprado em 1974 a Beira Mar, esta marca que naquela época contava com apenas 12 empregados e que hoje possui 300 funcionários e é administrada por sua filha, Maria Célia.

Gentil Moreira também tinha o título de comendador, entre outros, concedido pelo governo português. Foi atuante nos movimentos lusos da cidade de Niterói. Deixa esposa, Clarice, e dois filhos, o médico Eduardo Gentil e Maria Célia, além dos três netos.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *